DESCRIÇÃO DO BRASÃO EPISCOPAL
O brasão apresenta-se timbrado com o galero verde adornado por doze borlas (seis de cada lado), insígnia própria do bispo na tradição heráldica da Igreja. Atrás do escudo, ergue-se a cruz processional dourada, sinal do ofício episcopal e recordação de que todo pastoreio deve ser exercido à luz da Cruz de Cristo.
O escudo é terciado em mantel, ostentando três símbolos principais.
À destra, em campo de ouro, encontra-se um livro aberto, sinal da Sagrada Escritura, fundamento da fé e fonte do anúncio evangélico. O livro evoca também a missão do Bispo como mestre autêntico da fé, encarregado de transmitir com fidelidade o depósito da Revelação (cf. Lumen Gentium 25).
À sinistra, em campo verde, vê-se uma balança dourada, expressão da justiça como virtude cardinal e como parte essencial do ministério de governo do Bispo. A balança recorda que a Igreja, pela força da Cruz, reconcilia e pacifica (cf. Cl 1,20), unindo misericórdia e verdade (cf. Sl 85,11).
Na ponta do escudo, em campo azul, floresce uma flor-de-lis dourada, símbolo da pureza e da devoção à Santíssima Virgem Maria, medianeira de todas as graças. Também evoca a Santíssima Trindade, da qual dimana a vida da Igreja, e o chamado universal à santidade.
Sob o escudo, em listel dourado, inscreve-se o lema: “IN CRUCE SALUS ET VITA” – “Na Cruz, salvação e vida”. Essa máxima resume toda a teologia do brasão: na Cruz de Cristo se encontram a justiça e a misericórdia, e dela brotam a salvação e a vida nova, especialmente pelos sacramentos da Igreja.
As cores possuem igualmente seu valor simbólico:
- O ouro representa a fé e a caridade.
- O verde evoca a esperança cristã e a vitalidade do pastoreio.
- O azul remete à contemplação e à fidelidade celeste.
Assim, o brasão proclama que o ministério episcopal se fundamenta na Palavra de Deus, se exerce na justiça reconciliada pela misericórdia e conduz o povo de Deus à santidade, sob a proteção de Maria, encontrando na Cruz de Cristo a fonte da verdadeira salvação e vida.
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