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Nota de Repúdio | Ataques na Arquidiocese


ARQUIDIOCESE METROPOLITANA DE SÃO SALVADOR
CHANCELARIA ARQUIDIOCESANA

Prot. 054/2025

CARTA DE REPÚDIO 

Nós, como comunidade de fé e seguidores do Evangelho, viemos a público expressar nosso profundo repúdio aos recentes ataques realizados contra a Catedral Metropolitana de Salvador. Este ato de vandalismo não apenas desrespeita um espaço sagrado, mas também fere os valores fundamentais que nos unem como cristãos. A Catedral Metropolitana de Salvador, um símbolo de nossa fé e história, é um local onde muitos encontram consolo, esperança e a presença de Deus. É um espaço dedicado à adoração, à oração e à comunhão. Ao atacá-la, os responsáveis não apenas danificaram uma estrutura física, mas também atingiram o coração de uma comunidade que se esforça diariamente para propagar o amor e a paz que o Evangelho nos ensina.

Em Mateus 5:14-16, somos lembrados de que "vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte. Nem se acende uma candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos os que estão na casa." Este versículo nos convoca a sermos luz em meio à escuridão, a promover o bem e a justiça, e a nos opor a qualquer forma de violência e destruição. O ataque à nossa Catedral é um ataque à luz que buscamos espalhar.

Repudiamos qualquer ato que promova o vandalismo e a destruição. Em Romanos 12:21, somos instruídos a "não nos deixarmos vencer pelo mal, mas a vencer o mal com o bem." É com essa convicção que nos posicionamos contra esses atos, reafirmando nosso compromisso com a paz e a construção de um mundo melhor. Além disso, em Efésios 4:29, somos exortados a "não sair da nossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, conforme a necessidade, e assim transmita graça aos que a ouvem." A prática do bem deve ser nossa prioridade, e isso inclui a defesa de nossos espaços sagrados e a promoção de um diálogo respeitoso e construtivo.

É importante lembrar que a violência e o vandalismo não são soluções. Em vez disso, devemos buscar a reconciliação e a restauração. Como comunidade, somos chamados a ser agentes de reconciliação, promovendo o entendimento e a paz entre todos. A prática do bem é um princípio central do Evangelho. Este é um lembrete poderoso de que, mesmo diante da adversidade, devemos continuar a agir com bondade e compaixão. Neste momento de dor e indignação, fazemos um apelo a todos os membros da nossa comunidade: que possamos nos unir em torno da defesa do que é sagrado e do que promove a paz. Que possamos ser vozes de esperança e luz em meio à escuridão que esses atos de vandalismo tentam impor.

Que possamos nos esforçar para ser agentes de justiça, promovendo ações que edifiquem nossa sociedade e que respeitem a dignidade de todos. Convidamos todos a refletirem sobre a importância de cuidar de nossos espaços sagrados e de promover a paz em nossas comunidades. Informamos também que a nossa Sé catedral está sendo restaurada para maior louvor a Deus. Os demais espaços que também foram atingidos por essa ira desenfreada em provocar desamor também serão reconstruídos. Diante desses ataques recentes feitos a diversas igrejas de nossa comunidade fica uma pergunta pairando: "Para que tais ataques?" Temos a total convicção de que a fé é quem sustenta a Igreja e não o contrário, não adianta destruir as nossas igrejas ou os nossos servidores achando que vão nos fazer parar a propagação do Evangelho. Pelo contrário nos fortalecerá na fé e na irmandade. É notório que tais ataques podem e ocorrem devido a INFANTILIDADE de quem ataca, pois não sabe ou possui postura suficiente para enfrentar pessoalmente os que atacam.

Os templos passam, os cargos passam, os membros que compõem as nossas dioceses e arquidioceses também passam e o que fica? Cristo! Ele é o princípio e fim de tudo isso que fazemos, Ele é a causa de nossas orações, celebrações e encontros fraternos. Por esse motivo volto a dizer: Deixem de INFANTILIDADES e tenham postura diante da comunidade que lhe abriu os braços e lhe acolheu como um dos seus membros. Todas as vezes que é atacada uma de nossas igrejas não é só o templo que é destruído, mas uma nova chaga é feita em Cristo, tenha isso em mente. Não se está destruindo um prédio, está se destruindo uma história e os passos de Cristo nela.

Dado em Salvador aos vinte dias do mês de março do ano jubilar da esperança de dois mil e vinte e cinco, sob as nossas armas e selo da nossa chancelaria.

Mons. Lucas Henrique Lorscheider
Chanceler Arquidiocesano

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