CÚRIA METROPOLITANA
DE SÃO SALVADOR DA BAHIA
COORDENAÇÃO ARQUIDIOCESANA DE PASTORAL
CARTA PASTORAL
VOCAÇÃO DOM E GRAÇA: MARIA MESTRA DA VOCAÇÃO.
Toda a pastoral é vocacional, toda a formação é vocacional
e toda a espiritualidade é vocacional” (Christus Vivit, 254)
INTRODUÇÃO
A vocação pode ser entendida como um chamado interior, uma inclinação ou propósito que direciona a vida de uma pessoa para uma determinada atividade, missão ou estado de vida. Geralmente, está associada à ideia de seguir um caminho que traz significado, realização e serviço aos outros. A vocação pode se manifestar de diversas formas, como na vocação religiosa, vocação profissional, vocação familiar, entre outras. É um convite para viver de acordo com os valores e propósitos que ressoam profundamente no coração de cada indivíduo. Maria, a Mestra da Vocação, é um exemplo inspirador de resposta ao chamado de Deus. Sua disponibilidade, humildade e fé inabalável a tornam um modelo de discernimento e entrega à vontade divina. Ao aceitar ser a mãe de Jesus, Maria demonstra como a escuta atenta à voz de Deus e a confiança em Sua providência são essenciais para viver plenamente a vocação que nos é destinada. Assim, Maria se torna não apenas a mãe de Jesus, mas também a Mestra da Vocação, guiando-nos no caminho da entrega e do serviço com amor e gratidão.
1. VOCAÇÃO COMO UM DOM.
A vocação é um dom especial que recebemos da graça divina, uma dádiva única que nos impulsiona a manifestar os talentos e habilidades que carregamos em nosso ser. É como uma luz interior que nos guia no caminho da realização e do serviço ao próximo. Ao acolher nossa vocação como dom, somos chamados a compartilhar generosamente os dons que recebemos, contribuindo para a construção de um mundo mais amoroso e solidário. Que possamos, com humildade e gratidão, viver nossa vocação como expressão do amor de Deus em nossas vidas, irradiando luz e esperança por onde passarmos.
2. VOCAÇÃO COMO UMA GRAÇA.
A vocação é um chamado de graça que ecoa no íntimo de cada ser humano, convidando-o a descobrir e viver o propósito para o qual foi criado. É um presente divino que nos capacita a ser instrumentos de amor, paz e transformação no mundo. Ao acolher a graça da vocação, somos impulsionados a trilhar um caminho de serviço e doação, colocando nossos talentos a serviço do bem comum. Que a graça divina nos guie e fortaleça na jornada de discernimento e realização de nossa vocação, para que possamos ser verdadeiras testemunhas do amor e da misericórdia de Deus em nossa vida e na vida daqueles que nos cercam.
3. MARIA, MESTRA E DISCIPULA DA VOCAÇÃO
Maria, a Mestra e Discípula da Vocação, é um exemplo vivo de entrega e fidelidade ao chamado de Deus. Como Mãe de Jesus, ela acolheu com humildade e confiança o plano divino para sua vida, tornando-se assim a primeira e mais perfeita discípula do Senhor. Sua disponibilidade em dizer "sim" ao anúncio do anjo Gabriel revela sua profunda sintonia com a vontade de Deus e sua prontidão em servir.
Ao longo da vida de Jesus, Maria acompanhou de perto o crescimento e o ministério de seu Filho, aprendendo com Ele e testemunhando com seu exemplo de amor e dedicação. Sua presença nos momentos cruciais da vida de Jesus, desde o nascimento em Belém até a crucificação no Calvário, demonstra sua coragem, sua compaixão e sua firmeza na fé.
Como Mestra da Vocação, Maria nos ensina a escutar a voz de Deus em nosso coração, a confiar em Sua providência e a responder com generosidade e amor ao chamado que recebemos. Ela nos inspira a ser discípulos fiéis, dispostos a seguir os passos de Jesus e a testemunhar Seu amor ao mundo.
Que possamos, assim como Maria, ser discípulos e discípulas da vocação, aprendendo com ela a acolher a vontade de Deus em nossa vida, a servir com humildade e a amar com ternura e compaixão. Que Maria, Mestra e Discípula da Vocação, interceda por nós e nos guie no caminho da fidelidade e do serviço ao Reino de Deus.
CONCLUSÃO
A vocação, entendida como um dom e uma graça divina, revela-se como um chamado único e pessoal que cada indivíduo recebe para manifestar os talentos e habilidades que lhe foram concedidos. Nesse contexto, Maria surge como a Mestra da Vocação, um exemplo vivo de entrega, fidelidade e disponibilidade à vontade de Deus. Sua vida e seu testemunho inspiram-nos a acolher nossa vocação como um presente precioso, a ser cultivado com amor e a colocar nossos dons a serviço do Reino de Deus.
Ao contemplarmos Maria como Mestra da Vocação, somos convidados a seguir seu exemplo de escuta atenta, confiança inabalável e prontidão em servir. Ela nos ensina a ser discípulos e discípulas fiéis, dispostos a acolher a graça divina em nossas vidas e a responder com generosidade e amor ao chamado que recebemos. Que a intercessão de Maria nos fortaleça e nos guie no caminho da realização plena de nossa vocação como dom e graça de Deus, para que, assim como ela, possamos ser verdadeiras testemunhas do amor e da misericórdia divina no mundo.
Que a paz e a graça de nosso Senhor Jesus Cristo estejam sempre convosco.
Salvador, 17 de abril de 2024.
Mons. Antonio Chiavi
Coordenador Arquidiocesano de Pastoral
